Quando comecei a escrever estas palavras aqui, era novembro,
final de primavera no hemisfério sul, então às portas de mais um verão, quando
as chuvas paraenses dão a tônica ao comportamento das pessoas, que certamente
afluem aos balneários disponíveis e também aos shoppings para as tradicionais
despesas de fim de ano.
Era o meu último dia oficial de trabalho, partindo para um repouso
após as tribulações do pleito daquele ano, mais um sem grandes mudanças
visíveis, o que não é de se estranhar num povo como o nosso, avesso a
malabarismos políticos e a exercícios de cidadania, como os de outras paragens.
Vou tentar colocar em dia a minha presença junto aos que compõem
a rede de “virtual friends”, buscando
o necessário equilíbrio com outras tarefas que, embora de menor atrativo, são igualmente
importantes e que é preciso encarar também com serenidade e denodo.
Uma delas é... Sei lá, são tantas e todas elas como que
emergem de uma vez só nesta ocasião em que as atenções que antes eu centrava
inteiramente no trabalho profissional permitem aflorar como em vertigem.
Preciso estar mais presente em casa, junto à família, à
comunidade. Há os textos da missa do dizimista, da Basílica, que preciso
ordenar de modo a evitar estrangulamento de prazos. É preciso retomar a leitura dos livros que me
aguardam e também os periódicos que ouso permitir que me enviem e que chegam [alguns]
tempestivamente ao endereço, mas não ao meu inteiro conhecimento.
É mais uma pausa em meio à azáfama [faz tempo que eu queria
usar esta palavra!] cotidiana que se fez a minha rotina nesses vários anos de lida. Um tempo de respirar novos ares, ainda que
permaneça a mesma poluição a que já estou acostumado e tudo não passe de um
mero jogo de palavras, coisa de quem se acostumou a brincar com as letras desde
pequeno e não abandonou o vício ao chegar à chamada idade adulta.
Tempo de pensar em escrever seriamente coisas novas, talvez um
livro ou mesmo postar num desses muitos blogs que abundam por aí. Afinal, desde
jovem mantenho um “arsenal” de três ou
quatro leitores fiéis que sempre me acompanham – ou perseguem, sei lá bem o
certo!
Mas... Isto aqui era pra ser só uma crônica assinalando o meu
reencontro com os que apreciam o meu jeito de comunicar e constato que já é
quase um tratado, um TCC, e eu divagando em meio às teclas, entre uma olhada no
jornal eletrônico, nos e-mails que não cessam de chegar e também tem uma voz – seria
a dita consciência? – que me faz recordar alguma coisa que me esqueci de fazer.
Mais uma...
Lembro então de que estou em casa e há os afazeres domésticos...
Supermercado, escola da Retti, banco, farmácia, Belém Importados, posto de gasolina... Ufa!
E eu quase acreditei naquela história de que no lar se
repousa!
Fui!
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