quinta-feira, 25 de julho de 2013

Palavras ao vento



A vida é interessante, tanto que por ela passamos muitas vezes sem nos determos para tomar consciência de que é uma só e que segue numa linha que se dirige para o infinito.
Não há paradas entre as etapas que se sucedem e não raramente somente descobrimos que uma delas se acabou quando experimentamos a fase seguinte. Cada uma delas é única em seus encantos e dificuldades, alegrias e tristezas.

Por isso tem razão quem afirma que faz parte de Sabedoria reconhecer o valor do tempo presente antes que se acabe, pois é o único em que podemos atuar – o amanhã é só um sonho e o ontem não existe mais.
Penso que por isso mesmo se chama «presente», pois é uma dádiva ter esse pedaço do tempo em que é possível sorrir, chorar, viver, enfim!

Dizia eu que a vida é interessante, bastante simples – nós é que a complicamos com nossos medos, indecisões, incertezas, frutos do que herdamos ou que fomos adquirindo durante a caminhada.

Muitas vezes precisamos ser “sacudidos” para que nos lembremos de que é necessário dar a ela o seu devido valor.
Infelizmente essas “sacudidas” costumam doer muito, porque nos encontram desprevenidos, desatentos, pois vivemos sem considerar que o nosso tempo neste mundo é passageiro, não ficaremos aqui eternamente.

Para uns o ter de partir é doloroso; para outros é um alívio. Em qualquer dos casos, porém, é uma certeza, concreta e inexorável. Taxativa mesmo.

Assim, o que poderia evitar esse impacto dilacerante?
Penso que poderíamos sorrir mais, chorar mais e sem vergonha de externar emoções e sentimentos que afloram no mais recôndito de nós. Dizer mais vezes “bom dia”, “como vai?”, “eu te amo”... Desejar mais vezes coisas boas mesmo para aquelas pessoas que não gostam de nós...

Talvez não resolva problemas financeiros, não evite uma resposta atravessada, mas, com certeza o SEU dia será melhor e a sua passagem por este mundo deixará um jardim plantado. Será bem pior deixar um deserto...




[mais um texto antigo, puxado do arquivo, pra manter viva a chama do desejo de escrever...]

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