Aproxima-se um novo final/início de ano civil e, com isso,
pululam os conhecidos e tradicionais votos augurando um tempo novo melhor, na
esperança de que venham sucessos, saúde e alegrias melhores do que as
experimentadas no período que se conclui.
E novamente vêm à tona as reflexões próprias de quem tem tempo
para isso, numa tentativa de adivinhar o porvir, mais do que em qualquer outra época.
É o momento das “promessas” a serem cumpridas por todo o ano que
começa, embora quase todos saibamos que elas serão esquecidas à chegada de um
novo acontecimento, sobretudo se este for, como costumam ser as novidades, inesperado
e suficiente para engavetar as proposições anteriores.
Mas não deixa de ser algo bom parar um pouco dessa correria em que
se transformou a nossa vida e, sem a pressa contumaz, sonhar um pouco,
saboreando os instantes que aparecem e nem sempre nos encontram atentos para aproveitá-los.
Tempo para dar um sorriso sem razão, cantarolar mesmo que seja
uma canção que denuncie a nossa idade, brincar um pouco...
Coisas simples que às vezes a gente esquece de que são possíveis
e, quase sempre, gratuitas e gratificantes.
Como a luz e o calor do sol da manhã, o cheiro de chuva ao fim
da tarde, o luar que enfeita algumas noites...
Coisas que estão aí quase todos os dias, mas que a gente nem se
apercebe, porque está bastante empenhado em produzir, realizar coisas que não permanecerão
conosco. Tipo ganhar dinheiro e mais dinheiro, comprar celular novo, carro
novo, casa nova, vida nova...
E nem precisa ficar pensando em filosofias, basta apenas esticar
a perna por sobre outra, numa cadeira ou banquinho, bebericar um copo de
cerveja, de vinho ou mesmo um refrigerante ou suco, deixar o pensamento viajar à
toa, sem pressa de chegar.
Coisas assim pequenas, simples, e que costumam não custar muito
caro.
Ainda...
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